A poesia na rua, no parque, no coreto, no jardim. A poesia na música, na dança, no teatro, no desenho. A poesia na vida.

20_6_2016
Algumas oficinas da SAD estão registradas neste vídeo. 

-

Por Vicente Domingues Régis e Luisa Furman

“O diabo na rua,
 no meio do redemoinho.”

Abrir as portas, baixar os muros e intensificar o contato da escola com a comunidade é um desejo de alunos, pais, professores e demais atores sociais de qualquer instituição escolar. Quem não sonha com um lugar de portas abertas, no qual os “ventos sopram livremente”, transportando o conhecimento do mundo para a escola e o conhecimento da escola para o mundo?

Diante desse desejo, muitas são as tentativas de intensificar o contato da escola com a cidade e com a comunidade. As linguagens artísticas favorecem esse contato, uma vez que brotam de questões que perpassam simultaneamente todos os aspectos da nossa existência: a cidade e o indivíduo, a universalidade e o cotidiano, o sagrado e o profano, e qualquer outro tipo de dualidade existencial que possamos nomear.

Por conta disso, elegemos a poesia na rua, a rua na poesia como tema do XI Festival de Poesia da Escola da Vila, que será realizado no dia 22 de outubro. A rua como caminho, encontro, solidão, manifesto, confronto, desejo de futuro, lugar da brincadeira, símbolo de progresso e morte da natureza. A rua como fragmento essencial do espaço coletivo no qual a poesia e as demais linguagens artísticas habitam de forma a dar vida ao nosso redemoinho de questões, paradoxos, desejos, devaneios, anseios, delírios e demais aspectos da condição humana.

Para o lançamento desse tema e divulgação do Festival para nossos alunos do Ensino Médio, preparamos uma ação na Semana de Atividades Diversificadas (SAD) do mês de maio. Essa ação consistiu de uma série de oficinas que desembocaram num sarau realizado no coreto do recém-inaugurado Parque Chácara do Jockey. As oficinas abordaram linguagens tais como: dança, fotografia, declamação e Poetry Slam, com o propósito de contribuir e ampliar o repertório e os recursos para que nossos alunos pudessem ter acesso e participar do Festival. Para o sarau, apenas abrimos o microfone e deixamos que os alunos se manifestassem livremente.

Foi bonito de ver! A resposta dos alunos nos surpreendeu! Alguns deles cantaram, outros declamaram, tocaram, e muitos ouviram. E o parque, com sua paisagem e sonoridade tão características, nos acolheu num belo dia de frio e sol.