Minha mãe virou um cabide!

Por Lilia Standerski, professora do G2A e Mariana Mas, professora do G3A

18h15. Bate o sinal e os olhares da sala para a porta e do parque para a sala são muitos e anseiam o reencontro. Quando a pessoa responsável por buscar uma criança chega, esta já sabe o que fazer: dirige-se ao seu cabide, pendura a mochila nas costas e com a lancheira na mão segue ao encontro daquele que o levará para casa.

Esse é o ritual da hora da saída pelo qual passamos, todos os dias, na Educação Infantil. Com sorrisos estampados os pais e as crianças se despedem das professoras e cumprimentam-se com abraços, beijos ou um corriqueiro: “Como foi o dia?”.

Um pouco antes disso tudo, ou melhor, no momento em que os dois pés das crianças já estão do lado de fora é que acontece a transformação. Como num passe de mágicas aquela mochila e lancheira, tão bem confeccionadas para o corpo de uma criança, estão no chão sozinhas e a criança sumiu. No próximo passe, como que para terminar o número, o responsável pela criança transforma-se num cabide!

Na porta da sala, a professora está intacta, não sumiu nem se transformou em nada, e pergunta a si mesma: “Nossa! Tenho certeza de que vi uma criança carregando seus pertences aqui dentro da sala. Vamos experimentar essa conquista amanhã, fora da sala? Mas sem truques!”.