Encontro cultural entre a Educação Infantil e o Ensino Médio.

Por Vicente Régis

Com o objetivo de intensificar a integração entre os segmentos da escola pelo viés da cultura, convidamos a aluna Antonia Baudouin, do 3o ano do Ensino Médio, para contar uma história para o Grupo 3A. O encontro aconteceu na terça feira, dia 7 de junho. Antonia se revelou uma excelente contadora de histórias, e os alunos do G3A, ouvintes realmente muito curiosos. Um detalhe poético: Antonia trouxe o manuscrito de um livro escrito por seu avô para ela, quando ainda era criança. O resultado deste encontro foi uma explosão de sorrisos. Segue uma breve reflexão posteriormente escrita por nossa mais nova contadora de histórias, revelando a potencialidade deste tipo de acontecimento. Adoramos sua visita Antonia, esperamos que você e seus amigos possam voltar em breve.

 

“Hoje, eu participei de uma aula do G3, apareci na sala e todos estavam esperando sentados e a curiosidade era estrondosa! Eu li uma história que o meu avô escreveu pra mim, “Cuentos para Antonia”, com pequenas narrativas sobre diferentes animais, respondendo, ou não, perguntas sobre eles. Um livro perfeito, eu diria, para essas crianças com tanta coisa pra perguntar e querendo as respostas menos convencionais possíveis. Eles questionaram, se posicionaram, fizeram piadas, imitaram minhas caras e riram de mim, coisas que em um mundo que não seja das crianças, te deixariam incomodado. Foi divertidíssimo.

Acho que as crianças podem aprender muito se relacionando com histórias, compartilhando o som da história com outros ouvidos, conhecendo algo novo, alguém de outra idade, alguém também estudante como eles, que tem algo para mostrar. A aproximação é essencial, e o reconhecimento de um conjunto, da pessoa que tá contando a história e dos que estão ouvindo, mostrará de alguma maneira, que os papeis sempre podem se inverter, todos tem ouvidos, bocas e interesses. Eles percebem isso de uma maneira muito feliz e com um alto potencial. Histórias são importantes para divertir, agrupar, conhecer, aprender, entender, criticar, sonhar, rir e repassá-las.

Antes de ir-me, ensinaram-me uma de suas brincadeiras “da China-na-na”, com o maior entusiasmo e vontade e no fim de tudo pularam em cima de mim e eu, naturalmente, gostei.”

Antonia  Baudouin