E por que nos voltamos às ciências, em segmentos tão diversos, quanto dos três aos quatorze anos de idade? Porque há princípios importantes no ensino e na aprendizagem das ciências que perpassam as diferentes séries e os mais diversos conteúdos científicos. Seja discutindo o que acontece de diferente ao cozinhar uma batata inteira ou picadinha, no grupo 3; seja argumentando por que os vírus deveriam ser considerados seres vivos, no 7º ano; ou se encantando com o fantástico funcionamento do corpo humano, no 8º ano. Nos mais diversos momentos da escolaridade, os alunos são instigados a conhecer e pensar sobre o mundo natural e seus mais diversos fenômenos.
Assim, os alunos aprendem a buscar, a organizar e a comunicar informações numa linguagem muito particular. Aprendem a pensar de forma científica, buscando dados e evidências que fundamentem suas explicações. Aprendem que o conhecimento científico se constrói com a colaboração de diferentes parceiros, e que a troca de informações e a contraposição de ideias são necessárias para seguir pensando e avançando.
Desejamos, ainda, que os nossos alunos conheçam, valorizem e cuidem de seu corpo, que possam fazer opções saudáveis em suas vidas. Que se deem conta da existência e da importância das mais variadas formas de vida. Que reflitam sobre a necessidade de preservar o “pequeno” planeta que habitamos. Que compreendam que podemos pensar e criar modelos sobre mundos tão variados quanto os átomos e o universo.
A novidade, deste ano, é que todo o trabalho conta com um duplo objetivo: ao mesmo tempo em que teceremos uma reflexão sobre o ensino de ciências, os educadores se aproximarão das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) de maneira contextualizada. Acreditamos que, por estarem apoiadas neste contexto formativo, o uso de novas ferramentas, as várias modalidades de participação, a diversidade de linguagens e/ou possibilidades para representar a informação e comunicá-la – asseguradas pelo ambiente e articuladas com os encontros presenciais – favorecerão o acesso desses educadores a uma verdadeira Comunidade Virtual de Aprendizagem, o que certamente potencializará tanto o ensino e a aprendizagem quanto a própria formação.
Esperamos que o ciclo de encontros formativos na área de ciências naturais, totalmente refletido no AVA² do Centro de Formação, problematize a prática de ensino tornando mais produtivas e eficientes as aprendizagens realizadas pelos alunos. Perguntar-se sobre de que maneira é possível viabilizar e enriquecer as discussões ocorridas em pequenos grupos utilizando recursos das novas tecnologias é um exemplo de que nossos objetivos terão sido atingidos. Até lá!
¹ Na área de Ciências Naturais com a participação de Fernanda Flores e Daniela Munerato.
² Ambiente virtual de aprendizagem.