Brincar para viver.

 

Por Livia Guide (G2 B – Unidade Morumbi)

Brincar para não entristecer.  Brincar para reinventar costumes, experimentar, alimentar a alma e a imaginação. Brincar para integrar-se. Brincar para aprender. Brincar para viver.

Na semana de planejamento, os professores de Educação Infantil participaram de uma oficina proposta por Adriana Klisys, consultora para a criação de jogos, projetos e programação lúdica, nos trouxe mais vontade ainda de estar com as crianças, ouvi-las, e também de alimentar a criança que há em nós. Frente a tantas ideias e imagens de brinquedos feitos de sucata, espaços incríveis constituídos de tecidos, bambolês e caixas de papelão, “fiquei até com até vontade de brincar!” (fala da professora Fernanda Issa (G2A-Morumbi), ao ver a imagem de um ferro de passar feito de sucata). É por meio de situações como esta que nos formamos e nos tornamos professores melhores.

O brincar é uma ação essencial para todo ser humano durante toda a vida. Está nos enredos dos livros, no cinema e nas novelas, no carnaval, na improvisação e na imaginação. Neste sentido, o experimentar, o arriscar-se, o criar, presentes no universo lúdico da brincadeira, dialogam e estão presentes também no universo artístico e científico. As crianças compreendem por meio do brincar a cultura adulta na qual estão inseridas. Além disso, criam sua própria cultura. Todos nós somos detentores dessa rica cultura lúdica, que consiste em um repertório de brinquedos, brincadeiras e jogos.

O papel do professor, portanto, é de alguém que apóia as brincadeiras, ao observá-las atentamente, e propõe materiais e objetos que as enriqueçam. Neste contexto, é notável a importância do uso de brinquedos interessantes, com materiais diversificados, e que deixem fluir a imaginação e contribuam para que se possa criar mais e mais. Em uma época em que se valoriza o brinquedo pronto, a boneca que fala, a princesa da Disney, o cachorro que respira sozinho, é importante que a escola apresente às crianças a possibilidade de brincarem com materiais da natureza, objetos criados por artesãos, sucatas, terra, água, areia ... E que também aprendam a cuidar dos espaços onde ocorreu a brincadeira, sendo este cuidado parte constituinte da atividade.

Assim, começamos o ano com a certeza de que brincar é coisa séria e tão importante quanto as outras experiências vividas na escola.