Conhecendo mais e melhor o nosso trabalho: algumas instâncias de comunicação na Educação Infantil.


 

Por Dayse Gonçalves

Na semana passada tiveram início as primeiras Reuniões de Pais na Educação Infantil. Espaço de intercâmbio entre escola e família e que demanda da equipe pedagógica tempo de preparação, grandes expectativas e a certeza da importância deste encontro, para pais e professores, pois representa também um momento para conhecer mais e melhor os professores que recebem todos os dias as crianças, e que rapidamente se tornam referências importantes para elas e, acreditem, em pouco tempo as conhecem quase tanto seus familiares.

Parece exagero, mas não é! Embora saibamos que as crianças têm comportamentos distintos às vezes, em casa e na escola, um professor ou professora de Educação Infantil é um profissional que tem o privilégio de ter tempo para observar. Para observar as múltiplas situações vivenciadas na escola e reconhecer preferências, dificuldades, necessidades, jeitos de lidar com situações mais exigentes, enfim, características que nos levam a intervir de modo a promover o bem estar e a crescente autonomia dos pequenos, num ambiente onde o maior dos desafios é aprender a fazer parte de um grupo, ser um dentre muitos, aprender a esperar, aprender a compartilhar e a ceder, reconhecer que suas vontades nem sempre podem ser atendidas ou poderão prevalecer. Enfim, alguém que em muito pouco tempo se sente à vontade para falar sobre o modo como cada um de seus alunos reage frente a determinadas situações, como aproveita as propostas, como se relaciona com adultos e crianças e como enfrenta os conflitos típicos da convivência em grupo, como recebe e manifesta sentimentos...

E isso nos remete a outra instância de comunicação com as famílias que são as cartas de adaptação (para as famílias das crianças que estão chegando à nossa escola) e os relatórios individuais. As primeiras, alguns de vocês já receberam e os que não receberam ainda vão receber nos próximos dias. Através delas os professores dão notícias da evolução deste período delicado e ao mesmo tempo tão intenso que são as primeiras semanas de aula. Depois vêm os relatórios individuais, os relatórios virtuais, ambos publicados semestralmente, e que dão uma medida do modo como as crianças aproveitam o que temos a lhes oferecer. Sem falar nos encontros com a orientação, que vão ocorrendo ao longo do ano.

Em publicação recente, via mídia eletrônica, encontrei oito justificativas para os pais participarem das reuniões promovidas pelas escolas. São elas: conhecer a escola a fundo; acompanhar o aprendizado; esclarecer dúvidas de interesse geral; conhecer seu filho sob outros pontos de vista; firmar parceria com a escola; entender as crises da idade; conhecer para poder ajudar. (leia também: educar para crescer)

Todos os argumentos apresentados são legítimos e estamos de acordo com todos eles. Mas há mais razões para participar destes encontros: a possibilidade de vocês, pais, se conhecerem e conhecerem os colegas de seus filhos através de seus pais e também das imagens que compartilhamos do cotidiano escolar, afinal, é com eles que sua criança brinca e eventualmente disputa algo ou alguém, e com quem está iniciando uma relação que os muitos anos de convívio ajudarão a construir.

Da parte da equipe pedagógica, o objetivo é dar a conhecer melhor o trabalho realizado, tratando de aspectos educacionais ligados à adaptação ao ambiente escolar e a tudo que isso representa, mas também de aspectos pedagógicos, de sorte que as famílias possam compreender cada vez melhor o tipo de aprendizagem que se deseja promover e o modo como concretizamos nossas intenções educativas.

Esperamos por vocês!