Produção de ensaios: muitos desafios, muitas possibilidades e, sobretudo, muita aprendizagem

Por Angela Kim Arahata e Maíra Marquez, professoras de LPL do 2º ano do Ensino Médio

Um ensaio não é um artigo de opinião, não é uma resenha, não é uma análise. Não é nem científico e nem artístico.

O ensaio é um texto crítico, que se aprofunda em seu objeto.

“O ensaio exige (...) a interação recíproca de seus conceitos no processo da experiência intelectual. Nessa experiência, os conceitos não formam um continuum de operações, o pensamento não avança em um sentido único; em vez disso, os vários momentos se entrelaçam como num tapete.” (ADORNO, 2003, p. 29)

O ensaísta argumenta, critica, compartilha sua leitura dos fatos e apresenta a “disponibilidade de quem, como uma criança, não tem vergonha de se entusiasmar com o que os outros já fizeram.” (ADORNO, 2003, p. 16).

Desta forma foi apresentado o gênero para os alunos do 2º ano do Ensino Médio, que produziram, ao longo do 2º trimestre, um ensaio com tema livre. Os textos produzidos não apenas estavam à altura do desafio, como nos surpreenderam pela capacidade de retomada de conceitos vistos ao longo de toda a escolaridade, em especial dos últimos anos.

Você está convidado a conhecer alguns destes textos.

“A autobiografia do personagem”, por Ugo Breyton Silva

“A representação literária do Rio de Janeiro do século XIX”, por  Júlia Cristina de Sousa e Berruezo

“Produção cultural artística americana como crítica à sociedade e sua articulação histórico-social”, por Amanda Lucchi

 

Referência bibliográfica
Adorno, Theodor. “O ensaio como forma” (p. 15-45). In: Adorno, W. T. Notas de Literatura I. Tradução de Jorge de Almeida, Editora 34, Coleção Espírito Crítico, 2003.