Uma fantástica “viagem”

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Por Carina Contarini Dietrich e Luna Abrano Bocchi

No mês de novembro, os alunos do 5º ano foram convidados a uma fantástica “viagem”: acordaram de um sonho bem estranho, perto do infinito, lá longe no universo! Iniciaram a viagem de volta passando pela Via Láctea e pousaram no Planeta Terra, onde exploraram os seres vivos e as suas relações, e finalizaram esse trajeto refletindo sobre o homem: “O que o homem tem em comum com os demais seres vivos?”, “Como ele se mantém vivo?”.

Este percurso foi proposto na visita realizada ao Catavento Cultural, instituição cultural e educacional localizada no centro da cidade, no prédio que antes abrigava o Palácio das Indústrias. Esta, assim como as demais saídas propostas ao longo do ano, é uma atividade que faz parte do projeto pedagógico da escola, sendo planejada como mais do que um passeio para conhecer instituições ou visitar exposições. São atividades integradas ao currículo, que potencializam os conhecimentos construídos na escola, relacionando-os com a vida cultural da cidade. Assim, procuramos a troca entre a escola e seus conteúdos e a programação cultural da cidade, buscando um diálogo entre as diferentes instituições.

A visita ao Catavento iniciou-se antes mesmo de as crianças colocarem o pé no ônibus e teve como ponto de partida algumas discussões no ambiente virtual entre todas as classes de 5º ano. Dentre as propostas feitas, os grupos refletiram sobre como o homem sabe aquilo que sabe e procuraram diferenciar como se estudava a natureza antigamente e como isso acontece hoje em dia.

Os comentários dos alunos deram “pano para manga”, e a discussão foi longe...

“Eu reparei que muitas invenções foram descobertas por engano”.

 “Acho que os pesquisadores de antigamente foram pessoas muito importantes para a humanidade, pois quase tudo descoberto do passado (a evolução, por exemplo) foi descoberto por pesquisadores de antigamente. Se não fossem eles, seriamos bem menos ‘evoluídos’ e teríamos poucas descobertas científicas”.

“Eu acho que era muito complicado descobrir as coisas sem eletricidade. Por isso, muitas descobertas foram por acaso”.

“Bem, eu acho que os cientistas iam para um ambiente natural (natureza) e viam os restos dos animais ou pegavam os animais doentes e os matavam e tiravam a pele do animal para ver seus órgãos”.

Com muitas hipóteses e outras tantas perguntas, lá foram os 5ºs anos iniciar a viagem que começaria no setor “Universo”. Os alunos circularam em pequenos grupos, acompanhados de suas professoras, e levaram consigo um roteiro da visita. Com este material, nosso objetivo era que explorassem o museu antes mesmo da visita e que, com esta antecipação, pudessem levar para este novo espaço suas perguntas, inquietações, curiosidades, suposições, ideias, dúvidas e palpites, e dele retornassem com grandes inquietações, mais dúvidas, novas suposições e com o desejo de ampliar o que aprenderam e de ampliar seus horizontes.

De volta à sala de aula, surgiram comentários sobre o desejo de visitar outros espaços que não puderam ser vistos dessa vez. Fica, então, o convite aos pais: que embarquem nessa fantástica “viagem” junto com seus filhos!