Oficinas de Bólides e Parangolês

-

Por Renata Pedrosa

No terceiro trimestre, o primeiro ano do Ensino Médio continuou a estudar as principais manifestações artísticas do século XX no Brasil. Um dos temas foi o aparecimento do concretismo e do neoconcretismo, em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente, após a polêmica do realismo X abstracionismo.

Vimos que o projeto construtivo buscava romper com o sistema de representação vigente em favor de uma arte não representativa e mais racionalista. Também vimos que, como sequência da penetração das estéticas construtivas, o neoconcretismo apareceu com questões mais avançadas e produtoras de ruptura.

Outro objetivo do terceiro trimestre era o entendimento da produção plástica no Brasil nas décadas de 1960 e 1970 e como essa produção tornou-se um reflexo das situações políticas da época.

A tarefa complexa do terceiro trimestre consistiu na pesquisa, projeto e execução de duas estruturas neoconcretas de ordem ambiental: os Bólides e os Parangolés do artista Hélio Oiticica. A ideia foi aproximar os conceitos vistos em sala de aula de objetos artísticos projetados e executados pelos próprios alunos.

As oficinas serviram para ilustrar os diversos conceitos que se desenvolveram a luz da produção deste inovador artista brasileiro. Serviram também para evidenciar a relação entre as operações manuais e mentais que compreendem as produções artísticas historicamente mais relevantes, além de seu significado dentro da rede de relações históricas em que se situa.