Espaços como reflexo de uma concepção pedagógica

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Por Fernanda Flores

Alunos e familiares, professores e funcionários da unidade Morumbi, acompanharam, desde o mês de novembro passado, uma importante reforma no bloco no qual ficam classes de Educação Infantil e 1ºs anos.

Uma reforma, via de regra, procura atender uma demanda de melhoria de espaços, buscando soluções interessantes segundo algumas necessidades definidas. Entendemos, em se tratando de uma instituição escolar, que os espaços traduzem referências e concepções de um modelo pedagógico, comunicando o que se almeja para seus integrantes.

Assim, o desafio de conceber novos ambientes revela a busca de uma equipe pela constante adequação de seus espaços ao modelo pedagógico que a define. Listamos, a seguir, o que para nós, da Vila, é emblemático na concepção de ambientes de aprendizagem:

Flexibilidade - um espaço que permita flexibilidade ao professor, dispondo de recursos que possibilitem a montagem de diversas configurações que respondam adequadamente à natureza das situações que se pretendem potencializar. Aqui, como exemplo, há o diferencial do mobiliário especialmente pensado para as turmas dos primeiros anos, que oferece leveza e plasticidade de formas na composição dos grupos de trabalho.

Inversões - um espaço no qual todas as paredes comportam anotações, referências, listas, murais, lousas, projeções, sendo usadas ao tempo da necessidade do trabalho, desmitificando a centralidade do local do professor como sempre à frente, com toda a turma organizada numa mesma direção.

Interações - um espaço que possibilite aos professores trabalharem com mais de uma turma ao mesmo tempo, sem paredes fixas entre as salas, e sim divisórias móveis, que permitem novas opções e dimensões à sala de aula.

Integração - um espaço que preza pela transparência, unindo ambiente interno e externo, conectando as pessoas da escola, inundando de luz e verde nossas salas.

Acessibilidade - um espaço que considera os deslocamentos de todos os seus usuários, ajustado para que independam do adulto, tenham ao alcance materiais de uso comum, indispensáveis ao dia a dia escolar, e sejam corresponsáveis pelos seus usos.

Essa reforma inaugura nova etapa que reflete a maturidade de nosso projeto, pelo qual, pouco a pouco, pretendemos alterar salas que já temos, na constante busca de externar, também nos ambientes de trabalho, princípios tão fundamentais para a Escola da Vila.

Nos próximos textos que publicaremos essa semana, retomaremos a centralidade de dois princípios decisivos e norteadores das escolhas aqui tratadas: o valor da interação na formação dos estudantes e o papel dos diferentes agrupamentos nas aprendizagens pretendidas.