Convivendo para aprender a conviver

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Por Vania Marincek

Nessas primeiras semanas de aula, em todo o Fundamental 1, os alunos puderam participar de propostas que mesclavam as diferentes turmas em parcerias e grupos, para o trabalho e para a promoção de novas aprendizagens dos mais diversos conteúdos.

O trabalho em parceria e com diferentes agrupamentos, potencializando, assim, as aprendizagens, é, sem dúvida alguma, um dos mais importantes princípios para garantir o atendimento a toda a diversidade expressa por cada aluno na escola e, por isso, está presente em todas as ações planejadas com as crianças ao longo de sua escolaridade.

Sabemos que o simples agrupamento dos alunos não basta para garantir a interação, a interlocução e a aprendizagem. Por esse motivo, ao planejar o trabalho que será realizado, os professores planejam também os agrupamentos e todas as variáveis que contribuirão para o avanço dessa aprendizagem.

Variáveis que vão desde conhecer as representações dos alunos sobre o que se quer ensinar, definir os avanços que se querem promover nessas representações e planejar as parcerias, considerando se os alunos que estão interagindo podem contribuir uns com os outros, até prever situações em que, nas parcerias, para responder as tarefas, os alunos precisem explicitar o que pensaram, defender suas soluções, convencer os parceiros e se deixarem ser convencidos.

Do ponto de vista das aprendizagens relativas ao convívio nas situações de trabalhos em grupo, estes ajudam a configurar o espaço social como um espaço de aprendizagem. Ao trabalhar em parceria, os alunos aprendem a se posicionar, a respeitar as escolhas dos demais, a entender que suas ideias nem sempre são aceitas, enfim, exercitam o convívio. Mas, assim como na aprendizagem dos demais conteúdos, é preciso haver uma ação do professor, que os ajudará a aprender melhores formas de se relacionar.

Aprender a conviver, conhecer os novos colegas, sentir-se pertinente a um grupo, esses foram os principais objetivos das situações que foram planejadas pelos professores para serem encaminhadas em diferentes momentos do dia, integrando alunos de diferentes turmas, em cada uma de nossas unidades.

Aconteceu de tudo! Jogos simbólicos, como os de cabeleireiro ou sorveteria, e, nesse caso, as próprias crianças fizeram os sorvetes e brincaram de vendê-los e comprá-los; situações de elaboração de jogos para serem partilhados com colegas de outras turmas e séries; jogos coletivos; desenhos coletivos; enfim, uma diversidade de propostas que permitiram às crianças se conhecerem melhor, trocarem repertórios e aprenderem um pouco mais sobre a “difícil arte do convívio”.