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Por Fernanda Flores
Sempre que conversamos, em reuniões ou informalmente, com mães e pais pelos corredores da escola, com certa frequência, os encontramos queixosos, quase órfãos, de notícias triviais do dia a dia das crianças, dadas por elas mesmas.
“Gostaríamos de obter mais detalhes além do famoso foi bom ou legal! Somos ávidos credores, desejosos em saber do que o nosso rebento mais gostou, se brincou, se lanchou bem, com quem brincou, se brigou por algo que valia, se fez coisas diferentes, se aprendeu algo novo etc.”
Pois bem! Falar para os pais sobre o dia na escola não é simples. Esse é o ambiente sobre o qual a criança tem domínio e no qual os pais não estão… Assim, como toda conversa, há de se buscar caminhos de troca, de intercâmbio de ideias, e não somente com a expectativa, mesmo que velada, de receber um relatório detalhado, uma prestação de contas. Se (ou quando) eles percebem isso, definitivamente, têm o poder de encerrar qualquer conversa, são lacônicos, e ponto.
No entanto, se (ou quando) percebem que do outro lado também têm notícias do dia a dia familiar, que lhes escapa justamente porque estão na escola, e se a abordagem para essa conversa é mais diversa e criativa, surgem oportunidades para trocas divertidas sobre a experiência singular de terem suas próprias experiências.
Abrimos espaço aqui para dar uma dica despretensiosa de um jornalista, pai, que de tão intrigado com a precariedade da pergunta: “Como foi sua escola hoje?” resolveu propor outras possíveis entradas para um descontraído bate-papo.
Boa leitura aos pais que buscam maneiras mais interessantes de abordar e ter ótimas conversas com seus filhos sobre a vida que levam na escola…