Aprendizados que pais e filhos podem experimentar com um acampamento de férias.

Por Washington Nunes

As férias escolares estão chegando e, em uma metrópole como São Paulo, o que não falta é opção para crianças e adolescentes: parques públicos e de diversão, cinema, teatro, restaurantes, clubes...

Aliar recreação e aprendizagem é uma das preocupações dos pais ao pensar nessas diversas opções e o acampamento de férias surge como uma excelente alternativa.

Os acampamentos proporcionam atividades bem diferentes do dia a dia, pois, na rotina urbana, as crianças crescem cercadas por aparelhos tecnológicos (que cumprem importantes papéis de educação, lazer e entretenimento), e lá elas se veem obrigadas a se separar de seus computadores e celulares e, em contato com a natureza, interagir de outras maneiras para se divertir, se relacionar e aprender.

Os monitores dos acampamentos criam brincadeiras e atividades com o intuito de promover a amizade e integração e até mesmo crianças tímidas se soltam e criam vínculos de respeito, carinho e amizade pelo grupo.

Ao viajarem sem os pais, o jovem aprende a cumprir obrigações consigo, com os colegas de quarto, com os monitores e com as regras do acampamento.

Para alguns pais, separar-se das crianças é motivo de insegurança mesmo sabendo que são poucos dias e conscientes de que proteção em excesso pode ser prejudicial ao desenvolvimento dos filhos. Mas, mesmo assim, algumas questões sempre aparecem:

Como deixar o filho viajar sozinho sem a proteção de algum parente ou amigo?

Será que ele vai conseguir se virar sozinho?

A autonomia vem com a necessidade de tomar decisões, acatar novas regras e gerenciar novas responsabilidades. Deixar crianças e adolescentes viajarem sozinhos e em grupo estimula a independência e é uma grande oportunidade para vivenciarem e resolverem situações-problemas sozinhos, fazerem escolhas longe da supervisão dos pais e cuidar e se responsabilizar pelos seus pertences.

Para os pais pode ser um aprendizado ter que conviver com a separação momentânea, com a ideia que o filho não precisa mais dele (o que nunca vai acontecer) e perceber um comportamento mais independente por parte da criança.

A questão entre pais e filhos é: todos estão preparados para esse momento?

Se estiverem, pode ser uma boa alternativa para as férias de julho.